domingo, 7 de agosto de 2011


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SOMOS A VONTADE DE DEUS

SOMOS A VONTADE DE DEUS


Durou dois anos a disputa judicial entre o jogador Ronaldo e Michele Umezu até que o reconhecimento da paternidade do filho Alexander, na época com cinco anos, acontecesse. Uma das declarações do "fenômeno", então maior goleador de todas as Copas, me chamou a atenção: " Hoje eu conheci o ALEX, uma criança linda, educada e saudável... O resultado do exame comprovou o que meus sentimentos me mostraram na hora em que vi o Alex. Alex é meu filho, irmão de mais 3 crianças lindas como ele. E me terá sempre como pai para todos os prazeres  e deveres. Seja bem-vindo". De vez em quando a mídia se agita com a história de uma mãe ou filho buscando reconhecimento da paternidade de algum milionário famoso. Muitos outros filhos gerados de pessoas sem visibilidade também anelam conhecer seus respectivos pais e até pleiteiam o reconhecimento da paternidade, mas estes, para a imprensa não possuem o potencial de gerar os cobiçados picos de audiência.

Muitos de nós ainda não reivindicamos a Paternidade divina ou usufruímos harmoniosamente desta Paternidade. Mesmo que em alguns momentos afirmemos que "todos são filhos de Deus" ou "eu também sou filho de Deus". Nem sempre nos sentimos confortáveis ou conscientes com esta realidade. Há geralmente um misto de amor e ódio, confiança e medo, certeza e dúvida em tal afirmação. Infelizmente, é deste incongruente antagonismo, desta aparente areia movediça, que as religiões dependem para estruturar suas teologias, doutrinas, se justificar, se impor, delimitar espaços, etiquetar seus seguidores, criar divisões, julgamentos, ódio e perseguições.

De Charles Darwin, herdamos a teoria da evolução, cheia de perguntas ainda não respondidas sobre a origem do processo evolutivo. Da Teologia Cristã nos é ensinado que somos filhos de Adão e Eva, dos quais herdamos a separação da paternidade Divina, a condenação e todos os tipos de sofrimento.

Mas será que somos em verdade separados de Deus, será que fomos realmente deserdados? Será possível sermos "desligados" da Fonte de Luz, de Amor, de Sabedoria, de Paz, de Perfeição, da qual por extensão somos e mesmo assim continuarmos a existir? Será que sentimentos de culpa, vergonha, medo, condenação, separação, que muitos nutrem, tem lugar no Verdadeiro Deus, ou são fruto de projeções, do antropomorfismo religioso a serviço da defesa do ego? Enfim, o "Deus" das religiões realmente nos criou à Sua Imagem e Semelhança ou esse "Deus" foi por elas criado a partir de suas projeções, alucinações, crenças e valores?

Para o Criador, que cria por extensão amorosa de Si mesmo, todas as criaturas lhe pertencem, são Seus Filhos nos quais tem Ele todo o Seu prazer. Deus se encontra presente em todas as expressões de sua Criação pois não há espaço que por Ele não seja ocupado. Sua Vontade é que O reconheçamos como Pai, pois sabe que esta é, essencialmente, a nossa Vontade.

Neste artigo, gostaria de focar a Vontade de Deus, pois entendê-La nos faz despertar para a verdadeira Filiação. A vontade de Deus é que sejamos Filhos e nisto tem Ele todo o Seu prazer. Por outro lado, negando a nós mesmos esta Filiação negamos a nossa profunda e verdadeira Vontade, a nossa verdadeira identidade. Isto porque, mesmo não reconhecendo a Paternidade de Deus não deixaremos de ser Seus Filhos ou Sua Vontade.

Faz-se necessário, portanto, perguntar a Vontade de Deus em todas as coisas, pois Ela também é nossa. Somente a projeção do ego cria a ilusão de que a Vontade de Deus possa estar fora de nós. Tal projeção faz parecer e leva-nos a crer que existe conflito entre a Vontade de Deus e a nossa. Somos levados a acreditar que Deus nos pede algo que não queremos dar, que o que Ele pede vai de alguma foram nos privar do que queremos.

O medo, a recusa, a insegurança em saber a Vontade de Deus advêm de acreditarmos que esta Vontade não é também a nossa. Tal crença é a raiz de toda a nossa desventura, doença e medo. Por acreditarmos assim, por negarmos que a Luz esteja em nós, geramos a escuridão na qual nos escondemos e nos perdemos, tornando-nos irreconhecíveis a nós mesmos e para o outro. Uma vez que esquecemos qual é verdadeiramente nossa Vontade, acabamos por não saber realmente quem somos e o que queremos. Trocamos a Vontade, que é tanto de Deus quanto nossa e que é a favor de Deus e da Filiação, pelo nosso próprio desejo que é tão somente contra nós. Assim, multiplicamos tanto os desejos quanto as insatisfações.

Não há como ser feliz, isso parece ser "julgamento final", a não ser que façamos a nossa verdadeira Vontade que é extensão da imutável Vontade de Deus, em nós e por nós. Não há como ter descanso enquanto não conhecermos a nossa Vontade, deixando que ela se realize sem impedimentos. Quando assim é, percebemos que somos a Vontade de Deus. Foi nesta dimensão de existência que Jesus sentia-se a vontade para dizer que "Eu e o Pai somos Um".

Toda a nossa sobrecarga, exaustão e prostração vêm dos ferimentos produzidos pelos sedutores apelos do ego; eles nos fazem cativos dos desejos e desterrados de nossa verdadeira Vontade. Sob a hipnose dos desejos, vagamos distantes de nós mesmos, da nossa Essência Divina, do Altar do Espírito, da casa do Pai. Em cada pensamento capaz de ferir que mantemos está a negação da Paternidade de Deus e da nossa Divina Filiação; não nos sentimos à vontade, pois falta-nos a Vontade.

Quando nos ajustamos à Vontade de Deus, removemos os atritos, os obstáculos geradores de sombras, reencontramo-nos e retornamos à morada da Paz. Quando o "filho pródigo" distancia-se da casa do Pai, em verdade distancia-se de Si mesmo. Toda a sobrecarga tem origem no conflito e o maior conflito se faz a partir da oposição do egótico desejo diante da acolhedora Vontade; "Deus é muito quieto, pois Nele não há nenhum conflito". Em Deus não há obstáculo, pois ele não os cria, Nele não há ego por isso é Paz.

Jesus deixou a certeza de que o Espírito Santo nos ensinaria toda a Verdade, entretanto, "Ele não pode falar a um anfitrião que não lhe dê boas vindas, porque sabe que não será ouvido". Em verdade, "dorme" ainda em muitos de nós a Vontade de Ser como Ele é. Tornamo-nos bem-aventurados quando atentamos para a Voz do Espírito que nos fala a partir do altar da alma. Então, percebemos que a nossa Vontade espelha a Vontade de Deus e que, verdadeiramente, somos Sua Imagem e Semelhança.

Em verdade, somos a Vontade de Deus, extensão e expressão do Criador. Se ainda oscilamos, se há momentos em que não espelhamos esta realidade, não é porque fomos destituídos desta Graça, Glória ou Reino e sim porque fomos atrás de outro deus, de outro senhor, de outro tesouro; submetemos a mente e os pensamentos aos doentios comandos do ego.

Sob as distorcidas crenças e valores, erguidos a partir do ego, permanece a Essência Divina, a Semente da Eternidade à espera do germinar, desejosa do Ser e de Ser. Mas não confundamos o Deus Verdadeiro com o deus da projeção, nem Sua Vontade com nossos desejos, construção do ego, do "deus deste mundo", que ainda cega muitos. 






por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com
   
Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.
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E-mail:fidelisf@hotmail.com
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FOME DE AMOR


Estamos com fome de amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!
Arnaldo Jabor

MULHER MODERNA


Quem não dá assistência, abre concorrência

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc.

Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.

Mas o que seria uma "mulher moderna"?

A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior:

VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", a menos que:

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...

- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????

Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.

- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.

Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!
Arnaldo Jabor